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Cultura de microvermes: preparação e cuidados

Atualizado: 10 de jan.

Veja como é simples e exequível a manutenção da cultura de micro-vermes, um alimento muito interessante e próprio para os primeiros dias de vida de alevinos de Bettas. Não são a única opção, mas dentre as disponíveis que se tem em dado momento, pode fazer a diferença.


Confira abaixo!


Material necessário para a cultura de micro-vermes


1 – uma caixa plástica com tampa (dessas de sorvete) bem limpa e sem qualquer cheiro;

2 – uma faca;

3 – um copo de vidro (bem limpo e sem qualquer cheiro, desses de requeijão);

4 – uma espátula pequena e com ponta larga para raspar o copo e o fundo dele;

5 – uma gilete;

6 – um pacote de farinha de aveia (aquela fininha, parecendo talco; não serve flocos!)


Iniciando a cultura de microvermes


1 – despejar a quantidade de farinha de aveia até que encha o copo um pouco acima da metade;


2 – adicionar um pouco de água (pode ser de torneira mesmo) sobre essa quantidade de farina de aveia, e COM A FACA começar a “cortar” a farinha de tal sorte que a água comece a penetrar na farinha de aveia dentro do copo. Quando não houver água sobrando – e, sim, uma massa quase seca de farinha de aveia –, acrescente EM PEQUENAS QUANTIDADES água à essa massa seca, e continue a “corta-la”, de tal sorte, aos poucos (e sem pressa), a ir convertendo em um mingau grosso. Nesse ponto comece a apertar esse mingau contra a parede do copo com o lado da faca, para acabar com aquelas bolinhas de massa seca que sempre se formam no meio do mingau. Com a espátula de ponta larga revolva, também, o mingau no fundo do copo, de tal sorte a não se ter massa heterogênea (meio seca, p.ex.) do restante do mingau.


3 – deixe esse mingau descansar por 10 minutos mais ou menos. Por que? Para que o calor exalado pela mistura da farinha de aveia com a água se dissipe, e a mistura absorva toda a água (como experiência, coloque o dedo – sem tocar na mistura – dentro do copo, e veja o calor que exala da mingau).

Às vezes, o mingau se solidifica a ponto de se inverter o copo de cabeça para baixo e a massa ficar grudada. Nesse caso adiciona-se UM POUCO MAIS DE ÁGUA à mistura de tal forma que se consiga a consistência de mingau novamente (ver passo 2).


4 – depois que o mingau parou de aquecer, mistura-se a cepa com os micro vermes ao mingau.


5 – esse mingau inseminado é despejado COM CUIDADO, raspando-o do copo (paredes e fundo), e espalhado (sem sujar as paredes) no recipiente.

Para ajudar a acamar o mingau de forma homogênea no fundo do recipiente, bata com o recipiente em uma superfície plana e horizonta. Além de acamar o mingau certinho, desprende-se bolhas de ar da mistura. Tampa-se bem tampado, e deixa-se o recipiente descansando.


6 – no dia seguinte, com um pano, retira-se (sem deixar que o pano toque no mingau) o excesso d’água (na forma de gotículas) que se forma nas paredes e na tampa do recipiente, devido ao calor que emanou do mingau devido a um possível processo de fermentação. Isso facilitará aos micro vermes subirem pelas paredes secas do recipiente alguns dias depois.


Manutenção e manejo da cultura de microvermes


1 – de vez em quando, deve-se bater LEVEMENTE com o recipiente em uma superfície plana horizontal de tal sorte que os gases (na forma de bolhas) possam se libertar do mingau. Isso uma vez ou outra; não há a necessidade de ser todo dia. Pode-se também, ao invés de se bater com o recipiente, revolver cuidadosamente com uma pequena colher (dessas de se mexer café), a cultura.


2 – algumas vezes, se forma uma película sobre o mingau inseminado. É normal, e NÃO MEXA! Não tente retira-la, não é necessário.

Quando essa película não se forma, é possível se ver (nos dias subsequentes à inseminação da cultura no mingau), a superfície formigando de vermes! NÃO FIQUE COLOCANDO O DEDO, pois pode contaminar a cultura ou outras coisa que, sei lá, podem estragar tudo.


3 – não fique toda hora abrindo a tampa do recipiente, só abra quando for coletar os micro vermes, ou quando for dar alguma manutenção na cultura.


4 – quando a cultura começar a cheira esquisito (dentro de uns 15 dias, mais ou menos) – ou quando ela começar a ficar mais acinzentada e escura –, com uma colherzinha (dessas de mexer café), comece a revolver VAGAROSAMENTE o mingau, e começará a ver o mingau abaixo dessa camada superior – que estará com uma cor próxima àquela do mingau original. Depois de bem misturado, bata um pouco o recipiente sobre uma superfície plana e horizontal de tal sorte a espalhar a mistura mesclada de tons acinzentados com tons próximos ao do mingau original, e soltar da massa as bolhas de gás.


Nesse ponto recomendamos fazer uma nova cultura (mas, mantenha a atual, ainda).

Mas, como conseguir nova cepa para inseminar a próxima cultura?


5 – raspa-se levemente das paredes do recipiente (com uma gilete) com a cultura estabilizada, quantidades de micro vermes. Essas quantidades devem ser depositadas dentro de uma colher de sopa, p.ex., ou em algum recipiente que seja fácil depois misturá-las no novo mingau (passo 4, do item “iniciar a cultura”).


6 – quanto à iluminação e temperatura ambientes, até o presente momento não tive nenhum problema com a cultura, pois, já estiveram no frio (14º C), no calor (32ºC), e até recebendo sol direto através de telhas de vidro.


Porém, em temperaturas mais baixas, as culturas não “sobem” muito bem – isto é, os micro vermes não se alastram pelas paredes (e muitas vezes, até a tampa) do recipiente! Então, coloca-se o recipiente com a cultura sobre uma luminária aquecida (mas, cuidado: LEVEMENTE AQUECIDA – e não sobre uma luminária que atinja temperaturas que se rivalizam com as de um ferro de passar roupas, OK?). A cultura voltará a “subir”.


Captura dos microvermes: o momento tão esperado


Pega-se um pouco de água do aquário onde estão os alevinos e, com uma gilete, raspa-se levemente os micro vermes que se espalharam sobre as paredes do recipiente da cultura que se estiver usando.

Depois sacode-se a gilete dentro do copo com a água recolhida do aquário dos alevinos. Mexe-se e derrama-se devagar espalhando pelo aquário. Depois, lava-se bem a gilete e, claro, seca-se a mesma.


Boa sorte com a cultura!


Referências:

  • Arquivo interno Betta Project


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